Nascido no 12º de Ressurgente de 1380 I.J., Salluz é nativo da Cidade de Vallonde, no Reino de Sirine. Filho de Aerend, um palhaço que trabalhava nos palcos da Academia da Arte Vallondesa, uma das mais prestigiosas escolas de magia do oeste do Continente. Aerend, apesar de sua condição modesta, usou de sua influência com o reitor para garantir ao filho uma vaga entre os nobres estudantes. No entanto, Salluz jamais foi tratado como um igual: sendo de fora das Grandes Casas, viveu cercado por desprezo e isolamento. A solidão o marcou tão profundamente que, ainda jovem, criou para si um amigo imaginário chamado Ziggy, que passou a personificar em um pequeno fantoche, sua companhia inseparável.
Mesmo formado pela Academia, o preconceito lhe fechou portas, impedindo que alcançasse cargos condizentes com seu talento. Por anos vagueou sem destino, até que, em 1.480 I.J., soube do recrutamento de Giere Roux d’Aujourdui, um nobre valinês que reunia talentos arcanos para integrar a Marcha Civilizatória Leste em uma missão para a exótica Ilha Rasa, no extremo oriente de Panorica. Salluz alistou-se, se despediu de seu pai e seguiu rumo às novas terras.
No seu primeiro ano de estadia na Ilha Rasa, iniciou-se a Guerra dos Outros e a máscara do seu sonho caiu rápido. Ainda no começo do conflito, servindo sob o estandarte da Companhia Touro Pardacento do Baronete Kirkin Beret, assistiu ao massacre brutal da população local e, incapaz de compactuar com a violência, desertou. Seu caminho o levou até a Cidade de Barkoya, onde fez amizade com o arauto Belisar, com quem refinou seus talentos artísticos e de oratória. Quando este foi acusado injustamente de assassinato, Salluz o ajudou a escapar e, junto com o agora ex-arauto e outros dois fugitivos, fundou a Aldeia de Jur, buscando ali um refúgio para recomeçar.
Mais recentemente, Salluz decidiu afastar-se do centro de Jur e mudou-se para o Náufrago, onde passou a buscar novas histórias e inspirações para sua arte.